Utopia...

Certas pessoas simplesmente entram em nossas vidas sem pedir licença. Sem perguntar se devem ou até mesmo se podem invadir nossa vida. E por tantas vezes, mesmo sem fazer sentido, começamos a sentir falta da presença, do sorriso, da voz. Sabe quando um sorriso tira seu rumo?
Com você foi assim. Sem envolvimento de carne. Apenas olhares que se cruzam meio ao deserto, meio a mudez tudo gira, falta o ar, falta o chão!
Como queria ser capaz de controlar minha respiração, meu sorriso, meus olhos. Mas quando te vejo, meu coração dispara, minhas pernas tremem, união de paixão e desejo. Vontade. Vontade de sentir seu gosto, teu cheiro, tua pele!
Paixão proibida. Amor que não é amor. Apenas fogo. É um fogo que arde, que queima, que enlouquece... e assim enlouquecida permito desnudar apenas as palavras, frases compostas de utopia pura, assim como utópico é o futuro, me permito apenas fechar os olhos e deixar que nossas almas se encontrem e dancem a música cantada por nossos corações...

Apocalipse de sentimentos

O céu escureceu. A noite se aproximava a passos inquietos. Já não queria fechar a porta, mas depois da onda de assaltos da região, não tive escolha. Entrei em casa e sentei no tapete da sala e chorei feito criança. A sensação de impotência era mais forte que o pulsar do meu coração.
Meus olhos ardiam, fiquei confusa com aquelas palavras. Afinal, lutei em uma guerra sozinha. Só eu, isso mesmo, somente eu deu a cara para bater. E realmente apanhei. Sinto em minha boca o gosto do sangue quente e escuto em minha mente aquelas palavras torturantes e frias. Queria ter lutado mais, porém minhas perdas seriam inestímaveis. Subi as escadas que levam aos quartos e entrei no banheiro do corredor. Tomei um banho. Lavei meu corpo. Lavei minha alma. Só não consegui limpar meu coração. E por esse motivo, resolvi abrir minha vida. Resolvi simplesmente fazer de conta que concordo com tamanha hipocrisia, e honestamente, resolvi que a partir de hoje aprenderei a ser hipócrita (pelo menos com algumas pessoas...)
E assim caminha a humanidade.