quarta-feira, 22 de julho de 2009

Tempo de iansã

Assim como os dias acabam, mais cedo ou mais tarde o rancor também. O problema é quando no lugar do rancor fica um vazio gigante! Não sei qual sentimento eu coloco no lugar, não sei ao certo o que estou sentindo, só sei que não tenho mais raiva, sei que é um bom começo e que devo também deixar as coisas caminharem. O mais engraçado é que tudo está progredindo conforme o esperado, mas confesso que meus planos não foram tão perfeitos assim. Achei que seguindo meu rumo, meus ideais, minhas convicções e tudo mais que acredito eu estaria sã e salva. Ledo engano! Lógico que estou bem e blá blá blá, mas não sei o que fazer com o vazio que ficou agora que a raiva já passou, mesmo porque sei (e todo mundo sabe)que só sentimos raiva quando amamos muito, e esse é que é o "xis" da questão! O que fazer quando não sabemos o que fazer?
A data de hoje me fez viajar por sentimentos adormecidos, por palavras já mudas no retrato de nossa memória. E nesse momento veio a saudade da velha amizade, da cumplicidade única que existia entre nós. Amigos serão sempre amigos, mesmo que suas vozes estejam emudecidas pela distância e pelas faíscas trocadas em outrora. E na dúvida de fazer o que é certo e optar pela voz mais alta e aguda que gritava em meu peito, decidi seguir essa voz, mesmo que me arrependa amanhã, hoje escolhi a emoção.
Sei que já é tempo do perdão mútuo, mas ainda espero o tempo de iansã.

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