quarta-feira, 9 de março de 2011

Coisas que são

Talvez eu tenha esse direito de expor esse meu lado moralista. Na verdade nem acho assim tão moralista.Me sinto no direito de expor apenas minha opinião aqui no meu cantinho, quem não gostar, paciência, quem se ofender, nada posso fazer. Ok. Mas sobre o quê ou quem vou dizer? Então, sobre o filme nacional em cartaz nos cinemas do Brasil: Bruna Surfistinha. Longe de querer criticar, quero apenas desabafar. Trata-se da história de uma ex prostituta que ficou famosa ao publicar um livro que relatou sua vida, seus vícios e como resolveu deixar a vida fácil no passado. Com isso a fama foi inevitável e rendeu-lhe alguns trocados (muitos?!!!) em seu bolso. Após passado algum tempo, resolveram transformar em filme uma trajetória que nada agrega aos brasileiros. Infelizmente o nosso povo gosta de casos assim. Não quero tirar o mérito da pessoa em questão, mas tudo bem, ela deixou de ser garota de programa e virou o que????? Não sério mesmo, normalmente histórias assim tem como desfecho um grande final, uma reviravolta íntima em pró de algo maior, algo que signifique o arrependimento de tudo. O que fico pasma, é que essa personagem virará exemplo para muitas meninas que acharão normal se prostituir, se drogar e que depois tudo acabará em pizza. Poxa, com tanta fama que alcançou, deveria se empenhar em trabalhos na luta contra a prostituição, contra o uso de drogas e poderia até mesmo criar uma associação, uma ong, sei lá, alguma coisa que ampare prostitutas para sair dessa vida louca e suicida que vivem. Apenas contar sua história não ajuda em nada ninguém. É necessário se empenhar em algo que não reverta em cifras monetárias, ou que reverta e use parte desse dinheiro para ajudar tantas mulheres que não tiveram a oportunidade de encontrar entre seus clientes, o príncipe encantado que desse a cara a tapa por ela.
Por favor, não quero com esse post ofender ou diminuir ninguém. Mas ainda sou daquelas mulheres que acreditam que é necessário  arregaçar as mangas e ajudar o próximo. Tantas campanhas poderiam ser lançadas junto a esse filme, tantas lutas e quantas vitórias teriamos se usassem a mídia para divulgar uma opção de ajuda. Batalhas contra as drogas, a AIDS, a prostituição, ao direito das mulheres, o direito da dignidade humana, a chance de se reitengrar a sociedade. Mas não. Isso não gera retorno financeiro. Não é interessante para ninguém ajudar o próximo? Bláhhhhh Que se foda os outros. Que se foda tudo, aliás isso não é problema seu, certo? Honestamente são coisas assim que me deixam cada vez mais triste com a sociedade que vivemos. Mas eu não perco minha FÉ. Eu mantenho meus ideais, minhas convicções e minhas lutas contra tudo o que posso. E também acho que não se pode forçar ninguém a fazer caridade. Solidariedade é um sentimento que vem sozinho em nossos corações. Começa ao dar um sorriso para um estranho na rua, ao perceber que existem tantas pessoas que vivem na miséria total e não fechar nossos olhos perante isso. É ensinar nossos filhos a doarem roupas e brinquedos que já não usam mais, é dobrar o agasalho limpo antes de doar, é entender que se uma coisa não presta para mim, por estar rasgada ou velha demais ou suja, não servirá para meu irmão necessitado. Porque gente, nosso corpo, nossos bens só nos interessam aqui na vida terrena, o que levamos dessa vida são nossos valores e as ações que realizamos aqui, sejam elas boas ou ruins, todo o resto é perecivel e não caberá em nossa bagagem. Afinal de contas, a semeadura é opcional, mas a colheita é obrigatória.

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