Hoje após 3 meses em uma nova cidade, começará um novo diario de bordo, porém, agora será voltado para uma nova moradora de Mogi das Cruzes. Lógico que nesses dias todos, não tive uma estadia fixa na mesma cidade, foram idas e vindas incasavéis de São Bernardo para Mogi e vice e versa. Nesse meio tempo, também viajei para Porto Alegre sozinha, pela primeira vez na vida, essa parte da minha vida eu chamo de superação. Afinal, fazer todo um trajeto sozinha (embarcar, fazer check in e etc) nunca imaginei que teria coragem para isso. Meus medos sempre me travaram na minha zona de conforto, e é extremamente bom ficar lá. Ou pelo menos era. Descobri uma Grazi que foi capaz de enfrentar seu medo de altura e de estar sozinha. E no meio disso, percebi que nunca estive sozinha. Em nada. No máximo estava sozinha em um café no shopping. E o melhor disso tudo, é que gostei de sair da minha zona de conforto, que aliás, de conforto não tem nada.
Li em vários livros que ciclos são necessários serem encerrados, sempre achei pertinente a leitura, porém nunca tinha posto em prática nada dissso. Estou aprendendo a lidar com as mudanças da vida, aprendendo que maturidade tem muito mais a ver com as experiências vividas, do que aniversários completados. E que realmente o ser humano tem a capacidade de se adaptar em qualquer ocasião exigida.
Fazia muito tempo que nem entrava nesse blog, resolvi entrar para postar um texto que escrevi dos 18 anos dos meninos, para deixar salvo em algum lugar nesse mundo virtual. E me veio uma vontade de voltar a escrever, pois serão novos desafios, novos problemas, novas alegrias e descobertas boas. Estava engessada na mesma rotina, nas mesmas demandas, que acabei não enxergando tanta coisa que tem aí fora, e não digo apenas fora de São Bernardo, digo fora de mim mesma. É como se eu tivesse congelado no tempo, como se eu estivesse apenas sobrevivendo do jeito que dava, como se eu não quisesse me enxergar de verdade.
Acabei de olhar pela janela e vi uma lua linda, com uma parte coberta com nuvens, mas seu brilho está tão forte que luzes artificiais não seriam necessárias para iluminar essa noite. Tenho a nítida impressão que "ela" está brilhando aqui dentro de mim. Olho novamente pela janela, e a lua foi completamente coberta pelas nuvens... Nada fica parado, tudo está em movimento o tempo todo, então porque simplesmente não reagimos quando temos que reagir? Se tudo se move, porque eu me permito ficar estagnada enquanto a vida está acontecendo?
É tempo de mudar, é tempo de permitir que as mudanças externas aconteçam. É tempo de ressignificar nossa alma, corpo e coração.