quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Apocalipse de sentimentos

O céu escureceu. A noite se aproximava a passos inquietos. Já não queria fechar a porta, mas depois da onda de assaltos da região, não tive escolha. Entrei em casa e sentei no tapete da sala e chorei feito criança. A sensação de impotência era mais forte que o pulsar do meu coração.
Meus olhos ardiam, fiquei confusa com aquelas palavras. Afinal, lutei em uma guerra sozinha. Só eu, isso mesmo, somente eu deu a cara para bater. E realmente apanhei. Sinto em minha boca o gosto do sangue quente e escuto em minha mente aquelas palavras torturantes e frias. Queria ter lutado mais, porém minhas perdas seriam inestímaveis. Subi as escadas que levam aos quartos e entrei no banheiro do corredor. Tomei um banho. Lavei meu corpo. Lavei minha alma. Só não consegui limpar meu coração. E por esse motivo, resolvi abrir minha vida. Resolvi simplesmente fazer de conta que concordo com tamanha hipocrisia, e honestamente, resolvi que a partir de hoje aprenderei a ser hipócrita (pelo menos com algumas pessoas...)
E assim caminha a humanidade.

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