quarta-feira, 26 de maio de 2010

Então...

Hoje, meu telefone tocou. Sem pressa o atendi. Ali naquela ligação escutei algo que me fez chorar. Chorei de tristeza, senti raiva, senti tudo aquilo que não queria sentir. Fiquei desorientada ao desligar o telefone, segui em direção da minha cozinha, sentei-me a mesa e resolvi jantar. Respirei fundo, tão fundo que a comida de meu prato chegou a esfriar. Enxuguei as lágrimas. Abri um vinho e resolvi abrir meu coração. Na lembrança daquelas palavras, o desespero e a angústia se fizeram presentes, porém já não é mais hora de sofrimento, decidi pela sanidade.

Sentei-me no sofá da minha sala cheia de brinquedos espalhados ao chão, e olhei para o nada, e encontrei tudo. Encontrei na prateleira de minha estante, um livro recem comprado, mas um livro já antigo, e nele busquei um conforto louco e incessante pela raiva que meu peito agora guardava. Abri suas páginas ao acaso, e a resposta mais simples e sublime se fizeram presentes nas palavras em preto naquela folha branca. Entre um gole e outro de vinho, encontrei a paz ao ler: "Embainha de novo sua espada, pois aquele que mata pela espada perecerá pela espada?...Amai-vos uns aos outros, e então ao golpe do ódio respondereis com um sorriso, e ao ultraje com o perdão. O mundo sem dúvida se erguerá furioso e vos chamará de covarde: erguei a fronte bem alto e mostrei, então, que a vossa fronte também não recearia ser coroada de espinhos, a exemplo do Cristo, mas que vossa mão não quer participar de um assassinato autorizado, ...que nada mais é senão orgulgo e amor-próprio...!

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