Vem!

Gosto do que é bom. Vinho na boca, seus olhos nos meus olhos. Isso é bom. Gosto de olhar. Olhares que se cruzam e se perdem. Vontade que seca e molha minha boca. Aquela ansiedade que parece matar meu corpo, minha alma. Tenho sede. Tenho fome de você. Fome do que é bom, daquilo que gostamos e desejamos. Me perco entre palavras sem saber o que dizer, ou ainda, escrever. Aqui, apenas com a luz que me permite nesse momento, desenho linhas tortas, sem sentido em busca de seu corpo. Corpo esse que desejo. Lábio que quero para mim. Mas não. Não acredite em tudo o que escrevo. Sou insensata demais para dar qualquer certeza. A única realidade que proporciono são meus lábios nos teus. Minha vontade na sua. Assim. De um jeito louco e racional procuro tua incerteza, única que tenho em meu seio. Teu desejo! Ah. Esse sim, me joga nas alturas e deixa minha razão perdida nos versos, versos esses que não escrevo, que apenas desejo! Jogo de palavras que brincam com nosso presente, nosso passado e futuro!!!! Vem! Vem que te espero nua!