domingo, 25 de maio de 2008

Assim mesmo do contra!

As coisas mais sinceras e coloridas nos acontecem do jeito mais singelo que existe. Não se assuste. Esse post não será meloso, cheio de fru-fru apaixonados hehe
Hoje acordei de uma maneira diferente. Meus olhos se abriram para uma nova manhã de domingo ensolarada. Senti a grandeza dos detalhes mais íntimos que escondia dentro do meu ser. Iludida com a rotina imposta pela sociedade, esqueci de observar o mundo paralelo que a minha volta se encontra. Os homens a cada dia mergulham num mar de tristezas e trabalho. Cada vez mais ocupados em atender a demanda do mundo globalizado, se perdem em montes cinzas e secos. Não percebem o orvalho da manhã. Não sentem o cheiro da prosperidade.
Enquanto escrevo esse texto, meus dedos tremem. Minha alma pergunta ao meu corpo quais as dificuldades em se manter de pé.
Alimento meu corpo. Alimento minha alma. Alimento meu coração. Mas talvez, a dieta a mim recomendada, não era da forma que prescreveram.
Encontramos com facilidade a felicidade quando temos o dinheiro para pagar a viagem, mas quando nos falta as moedas para a compra do bilhete, nos vemos sozinhos, sem valor algum. E isso não se perdoa. Viajei durante muito tempo com a carteira cheia, com o coração lotado de amor e garra escorria com meu suor. O motorista do onibus fez uma parada para abastecer, e os passageiros para se alimentarem. Aproveitei e tomei um café. Acendi um cigarro. Nunca meus labios sentiram um café tão saboroso como aquele. Dei o último trago antes de apagar meu cigarro, e fui embora daquele posto meia boca, com o chão sujo e pessoas estranhas. Ao voltar para o onibus, este já tinha partido. Me deixaram ali. No meio da estrada. Sozinha. Tentei, ainda, alcança-lo, porem por mais rapido que corresse, jamais alcançaria aquele onibus. Então, voltei ao posto imundo, juntei minhas moedas e tomei mais um café. Minhas lágrimas se misturaram com o suor de meu rosto. Me senti perdida, sem saber como sair dali. Me largaram em qualquer parada da vida. Pensei em desistir. Depois queria sumir. Sem dinheiro para seguir viagem ou sequer me alimentar, sentei em uma mesa da lanchonete, e acendi meu último cigarro. Conforme minhas lagrimas escorriam pelo rosto, um novo onibus ali parou. Achei que seria a solução!!!! Poderia ir embora... nisso um vento balançou meus cabelos e beijou minha face. Levantei da mesa e resolvi seguir minha viagem sozinha, com meus pés me guiando. Mas agora, não viajava mais em busca daquele onibus. Segui estrada afora, com um rumo certo. Já não chorava mais. Estava mais confiante do que nunca, pois dessa vez, eu estava indo embora para casa.

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