quinta-feira, 22 de maio de 2025

Qual o seu hobby?

 

Quando passei na primeira consulta com a Dra Janaina, ela me perguntou qual era o meu hobby. E isso vem “martelando” minha cabeça até agora, porque simplesmente percebi que não tenho nenhum hobby. E com isso tenho observado mais o que as pessoas gostam de fazer como hobby. E a minha surpresa é que não vejo ninguém postando sobre isso. As pessoas postam sobre terem cumprido com êxito suas “obrigações” diárias, como ir para academia, ter seguido a dieta a risca, ter limpado a casa e etc. Mas eu também sinto orgulho quando consigo cumprir o meu combinado comigo mesma, mas isso não é um hobby. 

Parei e me perguntei o que gosto de fazer com o meu tempo livre? Eu gosto mesmo é  de não fazer nada. Mas curto assistir uma série, fofocar, beber vinho e comer. Mas isso não conta como hobby, né? Ou conta?

Inclui na minha semana a prática de Yoga, uns dois anos atras eu tinha feito e gostava bastante. Resolvi voltar a fazer, será que conta como hobby? Ou será que preciso achar alguma coisa que eu realmente goste de fazer sem ser um compromisso?

Mas por enquanto, sigo sem saber a resposta de qual é o meu hobby!

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Um novo capítulo sendo escrito!

Hoje após 3 meses em uma nova cidade, começará um novo diario de bordo, porém, agora será voltado para uma nova moradora de Mogi das Cruzes. Lógico que nesses dias todos, não tive uma estadia fixa na mesma cidade, foram idas e vindas incasavéis de São Bernardo para Mogi e vice e versa. Nesse meio tempo, também viajei para Porto Alegre sozinha, pela primeira vez na vida, essa parte da minha vida eu chamo de superação. Afinal, fazer todo um trajeto sozinha (embarcar, fazer check in e etc) nunca imaginei que teria coragem para isso. Meus medos sempre me travaram na minha zona de conforto, e é extremamente bom ficar lá. Ou pelo menos era. Descobri uma Grazi que foi capaz de enfrentar seu medo de altura e de estar sozinha. E no meio disso, percebi que nunca estive sozinha. Em nada. No máximo estava sozinha em um café no shopping. E o melhor disso tudo, é que gostei de sair da minha zona de conforto, que aliás, de conforto não tem nada. 

Li em vários livros que ciclos são necessários serem encerrados, sempre achei pertinente a leitura, porém nunca tinha posto em prática nada dissso. Estou aprendendo a lidar com as mudanças da vida, aprendendo que maturidade tem muito mais a ver com as experiências vividas, do que aniversários completados. E que realmente o ser humano tem a capacidade de se adaptar em qualquer ocasião exigida.

Fazia muito tempo que nem entrava nesse blog, resolvi entrar para postar um texto que escrevi dos 18 anos dos meninos, para deixar salvo em algum lugar nesse mundo virtual. E me veio uma vontade de voltar a escrever, pois serão novos desafios, novos problemas,  novas alegrias e descobertas boas. Estava engessada na mesma rotina, nas mesmas demandas, que acabei não enxergando tanta coisa que tem aí fora, e não digo apenas fora de São Bernardo, digo fora de mim mesma. É como se eu tivesse congelado no tempo, como se eu estivesse apenas sobrevivendo do jeito que dava, como se eu não quisesse me enxergar de verdade. 

Acabei de olhar pela janela e vi uma lua linda, com uma parte coberta com nuvens, mas seu brilho está tão forte que luzes artificiais não seriam necessárias para iluminar essa noite. Tenho a nítida impressão que "ela" está brilhando aqui dentro de mim. Olho novamente pela janela, e a lua foi completamente coberta pelas nuvens... Nada fica parado, tudo está em movimento o tempo todo, então porque simplesmente não reagimos quando temos que reagir? Se tudo se move, porque eu me permito ficar estagnada enquanto a vida está acontecendo? 

É tempo de mudar, é tempo de permitir que as mudanças externas aconteçam. É tempo de ressignificar nossa alma, corpo e coração. 



quinta-feira, 13 de março de 2025

Enfim os 18 anos!

  “Acorda amor, vamos, levanta, os bebês vão nascer hoje...” 

Essa foi a primeira frase que eu disse naquela quarta-feira dia 28/02/2007. E isso era umas 9:00 horas da manhã ainda, e eu só seria internada as 14:00 horas da tarde. Estava extremamente ansiosa, afinal seria nosso primeiro encontro “cara a cara”. Eu já conhecia vocês há 39 semanas, afinal vocês não paravam quietos dentro de mim, e eu adorava sentir! Mas poxa, chegou o dia de olhar seus rostinhos, sentir o cheiro, de pegar vocês no colo. Ahhh isso não tinha preço. A chegada de vocês foi praticamente um evento no Hospital Brasil. Todo mundo da família e amigos estavam lá esperando por vocês também, quase passou no Jornal Nacional  (brincadeira!), mas é sério, tinha muita gente lá.

Vocês meus filhos não foram programados como a maioria das crianças são, pelo menos dos nossos amigos, mas vocês foram extremamente desejados e amados desde o primeiro ultrassom. Era tudo muito novo, de repente virei mãe de dois bebês, e eu nem sabia fazer um arroz, meu forte era miojo de tomate da Turma da Monica com salsicha. Mas isso é assunto para outro dia.

O pai de vocês era mais perdido que tudo, já trabalhava de madrugada quando começamos a namorar, e com a chegada de vocês, ele precisou trabalhar mais ainda. Não por culpa de vocês, jamais!!! E sim porque ele queria proporcionar o melhor de tudo que a vida poderia oferecer para vocês! 

Eu tentei ser a melhor mãe que pude, mas sei que não fui! E tá tudo bem! Mas acreditem, eu dei o melhor que eu podia oferecer. E num piscar de olhos vocês fizeram 18 anos! Como assim Deus? Ainda me lembro dos brinquedos espalhados pela casa, dos carrinhos de hot wheels por todo canto, das bolas de basquete, das bicicletas, dos skates. E as peças de lego que eu sempre pisava no escuro? Lembro das nossas idas ao cinema, que precisava usar um assento mais alto para vocês poderem ficar na cadeira sem cair. Lembro de lavar as fantasias na época que só queriam vestir fantasias...lembro da poltroninha que a Tia Nena deu para vocês assistirem desenho e comer pipoca na sala. E teve capoeira, futebol, jiu – jitsu... Mas espera um pouquinho, pulei a fase dos pinicos espalhados pela casa, na época que estavam saindo das fraldas. Mas calma! Isso foi ontem! Foi tudo ontem...é, minha memória está falha pelo visto....pois já fazem 18 anos que eu me descobria mãe! E acho que ainda não aprendi direito como executar essa função! Eita profissão difícil pra caramba! 

Pensa numa coisa aqui comigo, não existe faculdade ou curso técnico para exercer a função mais importante da vida, ser MÃE! É tudo na tentativa de acertar ou errar. Como assim gente????? Tá certo isso? Rs

É claro que, hoje quando olho para o passado, eu teria feito escolhas ou tomado decisões diferentes. Mas não tenho como voltar no tempo e viver de novo o que já foi vivido. Sigo tentando acertar, não sou muito boa em acertos, mas também nem nos erros. Pois até hoje escuto elogios sobre vocês. O quanto sempre foram educados e prestativos. Confesso que eram terroristas infantis rs Mas quando vejo as crianças de hoje, percebo que vocês eram anjos comparados com essa nova geração.

Quero agradecer por terem me escolhido como mãe de vocês e dizer que ver vocês homens foi a realização da minha vida! Eu vou escrever um texto para cada um separado, mas esse tinha que ser igual. Por mais que nunca vesti vocês iguais, mas talvez eu tenha falhado em dar um espaço para cada um, no tempo certo. Quero aqui, pedir perdão por tudo o que fiz de errado. Não posso voltar atras e corrigir, mas posso fazer diferente daqui para frente. 

Sei que é muita mudança em tanto pouco tempo. Eu sinto falta de vocês 24 horas por dia. Mas, chega um momento que precisamos deixar os filhos voarem, e a gente também. 

A vida é cíclica, e não podemos nos acomodar! Estaremos distantes de carne, mas nossas almas sempre estarão juntas. SEMPRE SEREMOS SEUS PAIS! E SEMPRE FAREMOS DE TUDO POR VOCÊS! 

Essa fase de adaptação é ruim para todo mundo, podem acreditar! Mas será mais uma fase que iremos passar juntos! (Mesmo a distância física). E tenho certeza que o melhor ainda estar por vir....

Afinal, antes de vocês nascerem, minha vida não tinha sentido. E com a chegada de vocês tudo mudou. Jamais será um adeus entre a gente, sempre será até o próximo final semana, até logo! Eu jamais vou largar vocês, NUNCA! E isso eu preciso que tenham claro na cabeça de vocês. Não iremos dividir a mesma casa, mas nosso LAR é sólido e está vivo dentro de nós. LAR é onde nosso coração está.

Hoje está difícil a adaptação, eu sei, pois para mim também está. Mas sempre estaremos juntos, e SEMPRE SEMPRE SEMPRE SEMPRE que precisarem, é só me chamar que vou na hora no encontro de vocês.

Amo vocês mais que tudo na minha vida. Vocês são a razão de tudo! SEMPRE VOCÊS.


Com amor e carinho, Mamãe!


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Uma amiga chamada Sil!

Noite fria combina com sopa bem quente. Caldinho de feijão é capaz de esquentar muito o corpo e alma de alguém. Em noites assim, eu costumo viajar longe com meus pensamentos, vou em busca de lembranças e momentos que tanto já me aqueceram.

E hoje fiz uma longa viagem! Cheguei a destinos que somente minha saudade pode alcançar. Lembrei de amigos queridos que já se foram. Uma grande amiga em particular. Ouvi sua risada escandalosa e senti seu abraço apertado. Lembrei de inúmeras conversas e encontros. Lembrei de seus olhos brilhando ao meu ver! Como o tempo passa! E passa tão rápido que parece que foi ontem que te abracei pela última vez. Foi naquela terça ensolarada na qual me mostrou o vestido que usaria em um casamento. Ele era amarelo, lindo, lindo como você era. Tão lindo quanto a felicidade que você nos presenteava com sua presença.

Sim te conheci numa mesa de bar. Naquele bar que ficava perto de sua casa, em uma esquina escura, que do outro lado da rua tinha uma base de policia. No Bar do Tio Juca! Aquelas cadeiras amarelas tem história. Ali derramamos muitas lágrimas, demos muitas risadas e ali selamos nossa amizade! E não pensem vocês que nossa amizade ficou restrita a mesa de uma bar. Não... não! Foi muito além! A alegria de ir ver sua pequena dançar, as tardes de domingos no parque, sua alegria ao saber que eu estava grávida. Lembro como se fosse hoje, os seus berros e risadas ao telefone quando te contei que seriam gêmeos! Sua alegria em ter dois sobrinhos aos mesmo tempo.

É minha irmã....saudades de você sem tamanho! Ainda passo na frente da casa em que morava na falsa ilusão de te encontrar! A cada partida de Buraco lembro do seu sorriso único, lindo! Saudades que não cabe no meu peito.

Lembro que chamava o Rafael de Ricardo, e depois de um tempo ele começou a responder por esse nome. Ele ainda lembra disso, e damos risadas de saudades de como você era maravilhosa! Ahhhhh tantas coisas boas guardo de você!

E em dias como o de hoje, frio, chuvoso e cinza me fazem lembrar do dia no qual partiu. Sei que iremos nos encontrar, tenho plena certeza disso, mas enquanto esse dia não chega, meu coração ainda dói, e me pego com os olhos cheios de lágrimas, mas não são lágrimas de tristeza, são apenas lágrimas de SAUDADES!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Retorno.

Sou ré confessa. Sei que abandonei esse cantinho aqui sem mais ou menos. Honestamente, não sei porque, mas há tempos não tinha vontade ou inspiração de escrever aqui. Hoje deu vontade. Aliás, hoje me deu vontade de várias coisas. Tive vontade de brigadeiro de colher, tive vontade de chorar feito criança, de rir como louca e pedir um Big Mac para matar as lombrigas. Vontade de abraçar um estranho, de apertar a orelha de um cachorro de rua e rolar na grama da pracinha. Tive vontade de entrar no orkut, de atualizar o facebook e de ir para um lugar especial para cantar para os caboclos. Nada disso eu fiz. Não fiz, hoje, nada que meu vontade. E por falta de vontade, resolvi escrever baboseiras que ninguém lê. Coisas minhas. Do meu coração, da minha alma, coisas banais e sentimentos medíocres. Hoje, me senti numa panela de pressão a todo vapor. E mais uma vez esqueci de comprar manteiga de cacau. Meu lábios estão ressecados pelo frio. Frio esse que envolve hoje meu ser e me deixa assim, triste e com olhos molhados. Como queria ter gritado, esperneado, xingado e abraçado uma pessoa. Mas não fiz. Fiquei ali, parada, feito uma estátua de mármore. Respostas monossilabas apenas. Meu coração gritava por um abraço, mas meus braços endureceram e palavras ásperas tomaram conta do que meus lábios diziam. E assim, virei as costas e segui rumo a um destino que não fui. E mais uma vez escolhi meu silêncio, e mais uma vez quieta chorarei sozinha para não demonstrar minhas fraquezas.

domingo, 6 de março de 2011

Dança Gatinho!!!!

Confesso que esse ano estou um tanto quanto desanimada e sem inspiração para escrever aqui. Sei lá o que acontece, só sei que travei. Minha vida está tranquila, casa, marido, filhos tudo ok, mas sabe quando chegamos naquela fase que "se melhorar estraga"? Pois é, estou assim. Meu momento hoje é apenas para agradecer e percebi que só tenho palavras para escrever quando estou triste com alguma coisa. Bizarro!!!!! Na verdade, acho que todos os momentos são puramente aprendizagem. E cá estou eu esperando as novas lições que a vida mandará.
Aproveitando o post, ontem assistimos o programa do Rodrigo Faro, "Melhor do Brasil", e ouvi uma frase que honestamente achei PÉSSIMA!!!!! Uma conotação sexual de quinta categoria, que traduz a voz da nova geração, por favor, "abunde-se" em algum lugar seguro, pois tenho certeza que cairá da cadeira ao ouvir isso: "gratinar no forno". Pois é pois é pois é! Para um bom entendedor isso basta. Cara! Pelo amor de Deus! Rapazes no palco pronunciavam ao público o desejo de gratinar no forno. PÉSSIMO.  E o pior é que a moda pegou na rede Record. E os apresentadores acham LINDO repetir igual uns retardados tal frase chula e ofensiva as mulheres.
Honestamente, minha teoria é que por falta de criatividade ou melhor, canais educativos e programas culturais não dão audiencia, o jeito é apelar pelo o que o "povão" gosta e se diverte!!!! Confesso que o programa do Faro é um pouco engraçado, lógico que é um humor barato e ele se presta ao papel de se humilhar pela bagatela de milhões em seu bolso. Ele provavelmente deve estar milionario agora, e hoje, num dia típico de domingo, deve estar sentado em seu sofá orgulhoso de seu talento de entrerter o povo brasileiro.
Vergonha! É o que sinto. Vergonha!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ahhh o verão!!!!!!!!!!!!

Tem coisas que acontecem simplesmente por falta de atenção e tem outras que ocorrem exatamente porque devem ocorrer naquele momento. Algumas coisas são certezas na vida, como o cair da noite, por exemplo. É bom saber que depois de um longo dia de calor escaldante, a noite chegará com seu beijo suave e fresco. Adoro noite de verão. Adoro sentar na calçada e olhar meus pequenos brincarem descalços e alegres. E aos poucos, os vizinhos saem de suas casas e se aconchegam ali, uns pegam cadeiras, outros ficam de pé, outros sentam no chão. Conversas tranquilas regadas a gargalhadas das crianças num tom tão alto que embaralha a cabeça. Mas ninguém se incomoda com aquilo. Não importa se o jornal vai começar ou se a novela acabou, importa apenas estar em boa companhia e aproveitar pequenos momentos que nos é dado em noites de verão.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Destralhe-se

By Carlos Solano

"-Bom dia, como tá a alegria"? Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.
"-Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar".
Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada". Já ouviu falar em toxinas da casa? 
Pois são:
- objetos que você não usa,
- roupas que você não gosta ou não usa há um ano,
- coisas feias,
- coisas quebradas, lascadas ou rachadas,
- velhas cartas, bilhetes,
- plantas mortas ou doentes,
- recibos/jornais/revistas, antigos,
- remédios vencidos,
- meias velhas, furadas,
- sapatos estragados...

Ufa, que peso! "O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca. "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa...
O 'destralhamento' é a forma mais rápidas de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias. Com o destralhamento:
- A saúde melhora;
- A criatividade cresce;
- Os relacionamentos se aprimoram...

É  comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos".
Outros possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça":
- sentir-se desorganizado;
- fracassado;
- limitado;
- aumento de peso;
- apegado ao passado...

No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; Na entrada, restringem o fluxo da vida; Empilhadas no chão, nos puxam para baixo; Acima de nós, são dores de cabeça;
"Sob a cama, poluem o sono".
"Oito horas, para trabalhar; Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar."

Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se:
- Por que estou guardando isso?
- Será que tem a ver comigo hoje?
- O que vou sentir ao liberar isto?

...e vá fazendo pilhas separadas...
- Para doar!
- Para jogar fora!

Para destralhar mais:
- livre-se de barulhos,
- das luzes fortes,
- das cores berrantes,
- dos odores químicos,
- dos revestimentos sintéticos...

e também...
- libere mágoas,
- pare de fumar,
- diminua o uso da carne,
- termine projetos inacabados.

"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará.. Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá", Arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé.
"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental. O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.

Dona Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo". A gente deveria de ser assim, ela diz: 
"Destralhar ajuda a adocicar." 
Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar...
Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar 
Dalai Lama

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Luto!


Meus lábios emudeceram e meus dedos renegaram o teclado do computador. Tentei escrever alguma coisa mas estava travada, nada eu gostava e todos “posts” deletava. Me calei por Luto. Me calei por respeito. Me calei para mudar meu interior. Logo logo será 1 mês sem uma pessoa muito especial. E o engraçado é a reação do povo quando vê que no perfil do meu Orkut está Luto! Uma agonia para saber quem morreu, mas ninguém realmente se importa com a dor que estamos sentindo, querem apenas matar a santa curiosidade que os regem. Mas tudo bem, no fundo todo mundo é assim... você é e eu também sou!
Hoje, todos os dias penso e penso sobre tudo.... e confesso que estou no caminho de ser uma pessoa melhor... deixei a cara feia na gaveta e estampei um lindo sorriso no rosto... aprendi a olhar para o céu e observar as estrelas, pela primeira vez senti como é gostoso tomar banho de chuva e continuar com a roupa molhada.
Uma ano como esse que acabou de nascer, um ano que será regido pelas mulheres, pelas donas das águas e pela senhora dos ventos, será um ano de renovação, um ano de reflexão, um ano para jogar fora velhos sentimentos e trazer a tona toda a beleza da infância.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

DUAS BOLAS, POR FAVOR!

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta./

Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar./

E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate...
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago."

Danuza Leão