Biscoito da Sorte!!!

Eis que na quinta-feira passada, minha amiga Dona Barata resolveu me visitar. Conversamos tanto, afinal muitas fofocas para por em dia depois de um longo período que ela resolveu sumir. Bom, ela me disse que teve que ir para um esconderijo seguro pois a Prefeitura estava dedetizando as vias públicas, e como sua casa é um barraquinho que ela montou com caixas de fósforos, seu medo era ficar esturricada lá dentro e não ter direito a um enterro humano. Mais uma vez tentei explicar que ela é um inseto e não uma pessoa, mas de nada adiantou. Ela não se conforma e ponto.
Papo vai, papo vem, a fome bateu e resolvemos pedir China in Box! Jogamos uma partida de pif paf e ela foi embora pois tinha um encontro com o Ratão do Esgoto (diz ela que ele é lindo, cheiroso, tudo de bom... até parece!).
No outro dia cedo, acordei e fiz meu café básico. Olhei para mesa e vi que esquecemos de comer os biscoitinhos da sorte que vieram junto com a comida! Abri meu biscoito e quase engoli o papel com a mensagem (gorda! Humpf!) que dizia o seguinte : "Não deixe cada pé em um barco!!!"

Refletindo sobre todas as coisas da minha vida, percebi que tive sim meus momentos de fraqueza, e que abandonei tudo por achar ser mais fácil e ser a solução de tudo. Mas não foi. Não podemos fugir dos nossos fantasmas. E nem esquecer nosso passado. Mas podemos seguir em frente e tentar fazer melhor tudo o que fizemos errado, assim permitimos que as pessoas que erraram com a gente possa se redimir também.

Em busca da brisa

As vezes é necessário apertar o off e respirar... sim sim a vida é uma caixinha de bombons sortidos, e apenas a sorte pode nos ajudar, nada mais. O mundo dá várias voltas, isso todo mundo já sabe, afinal sua forma redonda não o deixa outra opção. Recentemente li o "O Caçador de Pipas" e depois de uns dias assisti o filme com o mesmo título. O mais fascinante nos livros é justamente que cada leitor o interpreta de uma maneira distinta, e essa é toda a magia das palavras. Adoro escrever... preciso escrever. Quando escrevo meu peito se abre e esqueço de todos os problemas que me cercam. Ao escrever posso ser quem quiser, posso contar toda a verdade ou toda a mentira, e ninguém jamais desvendará qual é qual, afinal, sou dona de todas linhas que escrevo, de todas palavras digitadas, de sonhos desvendados, das mentiras contadas e das verdades mais secretas.
O ser humano é patético. E eu também sou. Sou a pior criatura do universo. Sou maquiavelica, fria e calculista. Sou sensível, amiga e verdadeira. Sou feliz e sou triste. Sou palavras rabiscadas num papel de pão. Sou a melhor caligrafia de uma caneta tinteiro. Sou o sol. Sou a lua. Sou a noite e sou o dia. Sou vento e tempestade. Mas ultimamente apenas procuro pela brisa e calmaria.